Ophir encerra ato afirmando que CNJ é valor republicano e não pode ser amesquinhado

terça-feira, 31 de janeiro de 2012 às 07:14

Brasília, 31/01/2012 - O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante,  encerrou hoje (31) o ato público promovido pela entidade em defesa dos poderes do Conselho Nacional de Justiça, salientando que o evento "foi a cidadania dizendo para o Supremo Tribunal Federal que Justiça ela almeja, que Justiça ela busca". Em suas palavras de encerramento, Ophir destacou ainda que "o CNJ é um valor republicano e, como tal, não pode, em momento algum, ter sua competência amesquinhada ou reduzida". O ato contou com participação de cerca de 500 pessoas, entre advogados, parlamentares, juristas e dirigentes de diversas entidades da sociedade civil. A mesa principal das autoridades foi adornada por uma faixa em letras garrafais: "O CNJ é dos brasileiros".


Seguem as declarações do presidente nacional da OAB no encerramento do ato do CNJ:


"Eu estava concedendo uma entrevista coletiva ali fora deste auditório quando um jornalista me perguntou se este ato era um ato político. Eu, rapidamente, me lembrei de um poeta do Ceará, Patativa do Assaré, que disse, de uma forma muito clara,  que se defender o cidadão, defender a justiça equitativa e igualdade para as pessoas for fazer política, nós, efetivamente, estamos fazendo política. Mas é a política da cidadania. E é com esta perspectiva que este ato foi realizado. É a cidadania dizendo para o Supremo Tribunal Federal que justiça ela almeja, que justiça ela busca.


Então, não tenho dúvida alguma: o ato atingiu seus objetivos, não só pelas pessoas, bastante expressivas que aqui estiveram, que vieram dar seu testemunho, seu depoimento mas, sobretudo, porque evidenciou o compromisso da advocacia brasileira com a causa e a luta por uma Justiça mais forte. O CNJ é um valor republicano e, como tal, não pode, em momento algum, ter sua competência amesquinhada, sua competência reduzida. Vamos avançar - o farol precisa ser dirigido para a frente; o retrovisor serve para que a gente não aprenda com os erros que ficaram para trás".