Assassinos de advogado do Pará recebem penas entre 12 e 17 anos
Brasília - Na última sexta-feira (22), após a sessão do júri popular realizada no Fórum de Cametá (PA), o juiz proferiu a sentença: os três acusados da morte do advogado paraense Fábio Teles, em junho de 2011, receberam penas que variam de 12 a 17 anos de reclusão.
O motivo do crime seria um conjunto de ações trabalhistas ajuizadas e vencidas pelo advogado contra um empresário mineiro atuante na região. Rosivelson de Souza Almeida, Gleisson Araújo, Vitor Eduardo Oliveira Moreira e José Orlando Trindade de Oliveira foram condenados a 17, 16, 14 e 12 anos de reclusão, respectivamente.
O presidente da Comissão Nacional de Defesa das Prerrogativas e Valorização da Advocacia, Leonardo Accioly, elogiou a atuação da OAB. “Nossa postura foi determinante para a consecução dessas penas. Desde a fase de investigação, a OAB foi importantíssima para atingirmos este desfecho, que mostra que crimes dessa natureza não ficarão impunes. É inadmissível aceitarmos que a criminalidade venha ferir o cerne de nossa liberdade profissional”, frisou. Accioly destacou ainda a participação da seccional Pará, que classificou como “corajosa e vigilante”.
Para o procurador Nacional Adjunto de Defesa das Prerrogativas, Raul Fonseca, o ponto positivo do processo foi exatamente o fato de haver condenação. “O Pará é uma área de risco, ser jurado lá não é fácil. Percebi isso com a preocupação estampada no rosto de todos que compunham o júri, pois o clima é hostil. Quanto às penas, foram relativamente leves se considerada a gravidade da situação. Esperávamos uma condenação que fosse um marco, uma esperança à sociedade paraense. Isto certamente ensejará recursos”, previu.
O Conselho Federal da OAB reitera que não medirá esforços para defender seus advogados, bem como coibir e lutar pela punição exemplar de crimes de qualquer natureza que os tenham como vítimas.