OAB acompanha investigações de assassinato de advogada no Pará

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014 às 04:11

Brasília – Leda Marta Lucyk dos Santos, diretora tesoureira da subseção de Itaituba da OAB, no Pará, foi assassinada no sábado (22). A advogada de 40 anos foi morta juntamente com a filha, de 10 anos, e uma funcionária de sua loja de roupas. A principal linha de investigação é de crime passional. A OAB acompanha o trabalho da polícia. Jarbas Vasconcelos, presidente da OAB-PA, expressou suas condolências à família da advogada e decretou luto de três dias pela morte.

O presidente também viajou ao município para acompanhar as investigações, além de designar uma comissão composta por três advogados que ficará de plantão na cidade. A Ordem dos Advogados do Brasil acompanha o caso de perto para evitar a impunidade do caso –desde 2011, sete advogados foram mortos no Estado, além de diversos casos de ameaça e de agressão.

Marcus Vinicius Furtado Coêlho, presidente do Conselho Federal da OAB, manifestou repúdio pelo crime. “É uma situação bárbara, cruel e que exige uma investigação célere para que o responsável pelo crime não saia impune”, afirmou. “Os casos de violência contra as mulheres alcançam números estarrecedores em nosso país e isso precisa parar.”

Além de seu trabalho na Ordem, Leda era procuradora do município. Toda a diretoria da subseção em que ela trabalhava é composta por mulheres. Segundo Fernanda Marinela de Sousa Santos, presidente da Comissão Especial da Mulher Advogada do Conselho Federal da OAB, o episódio de violência chocou toda a classe de advogados. “Perdemos mais uma mulher, uma grande profissional, advogada de destaque em seu meio”, afirmou. “É uma grande perda para família, amigos, para aqueles que ela representava e para toda a classe.”

O crime

Leda Marta Lucyk dos Santos foi morta à facadas na manhã de sábado, dentro de uma loja de roupas da qual era dona. A filha de Leda, Hannah, e uma funcionária do estabelecimento, Taynara Siqueira, morreram da mesma forma. Os corpos foram encontrados por uma tia de Taynara. A polícia prendeu provisoriamente o ex-marido de Leda, que também é advogado, como mandante do crime. Segundo amigos de Leda, ele já a havia ameaçado.