Em nome da advocacia brasileira, comissão da OAB visita a Palestina
Brasília – Nesta quinta-feira (3), os advogados Paulo Castelo Branco e Carlos Mário Velloso, membros da Comissão de Relações Internacionais e da Coordenação para Paz na Palestina, estiveram no Conselho Federal da OAB e foram recebidos pelo presidente da entidade, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, e pelo presidente da OAB-SC, Tullo Cavallazzi.
Na ocasião, Paulo e Carlos entregaram a Marcus Vinicius um relatório da visita à Palestina realizada entre os últimos dias 16 e 23 de fevereiro, após convite da Palestinian Bar Association (PBA). O presidente da OAB parabenizou os membros da comissão pelo trabalho no Oriente Médio. “Agradeço em nome da advocacia pelo brilhante desempenho nessa missão de integração. A OAB sempre estará engajada em contribuir para a paz no mundo e a autodeterminação dos povos, que é um dos princípios da nossa Constituição”, frisou.
Paulo Castelo Branco destacou os empecilhos ao exercício da advocacia na Palestina. “Os membros da PBA nos relataram sobre as dificuldades impostas pelas forças de ocupação israelenses. A razão reside no fato de lá os cidadãos não serem submetidos a tribunais civis nas relações com os ocupantes, mas à legislação militar. Muitos são levados às cortes militares sem qualquer assistência jurídica”, lamentou.
Paulo fez questão de exaltar a cordialidade dos advogados e demais cidadãos palestinos. “O pessoal é extremamente gentil e demonstrou profunda satisfação com a visita da OAB. O presidente da PBA, Dr. Hussein Shabanah, tem enorme apreço por nosso país. Vale ressaltar também a cordialidade do povo palestino, que sofre há décadas com a ocupação de seu território”, ressaltou.
Carlos Mário Velloso, por sua vez, destacou a ocupação da Palestina por tropas israelenses. “O mundo inteiro está com atenções voltadas à questão entre Palestina e Israel. Há assentamentos israelenses dentro do território palestino e controlados pelo estado judeu. Para se ter uma ideia, a União Europeia estabeleceu um boicote a empresas israelenses e a produtos produzidos nos assentamentos”, concluiu.