Caravana de Prerrogativas chega a Maringá (PR) e Lamachia conclama união da advocacia
Maringá (PR) e Brasília (DF) – Na manhã desta quarta-feira (10), em Maringá (PR), na segunda etapa da Caravana Nacional das Prerrogativas, o presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, conclamou que a advocacia precisa estar unida no delicado momento que o país vive. Ele chamou, ainda, todos os advogados a participar do debate nacional.
“A história da advocacia e sobretudo da OAB se confunde com a história do país. Nossa entidade não pode se calar jamais. Dizem que o Brasil vive uma grave crise econômica e política. Pois eu digo: a grande crise é ética e moral. Então eu conclamo a advocacia a lutar por eleições limpas e escolhas certas, conscientizando a família, os amigos e os colegas de profissão sobre a importância da escolha correta”, convocou.
Para Lamachia, cada brasileiro é diretamente responsável pelas escolhas políticas que faz e, portanto, pelas consequências dessas escolhas. Se em cada um formos todos e em todos formos um, alcançaremos dias melhores para as próximas gerações”, incentivou o presidente nacional da Ordem.
Também participaram do evento presidente da Comissão Nacional da OAB de Defesa de Prerrogativas e Valorização da Advocacia, Jarbas Vasconcelos, juntamente com o vice Cássio Telles, além de Charles Dias, procurador nacional de Defesa das Prerrogativas. Eles acompanharão a Caravana.
O presidente também ressaltou a necessidade de vigilância permanente da OAB na defesa das prerrogativas. "Temos que defender as prerrogativas porque defendemos o Estado Democrático de Direito. Quando há desrespeito das prerrogativas, desrespeita-se a Democracia”, disse. E acrescentou: “temos prerrogativas para dizer o que muitas vezes o cidadão comum não pode dizer”.
Na ocasião, Vasconcelos afirmou que não há violação “pequena” de prerrogativas. “Todas as violações têm de receber resposta imediata do sistema OAB. Nunca fomos tão agredidos em nossa profissão, mas também nunca se viu uma OAB tão rápida nas respostas aos advogados violados em suas prerrogativas”, lembrou.
Já Charles Dias destacou que a advocacia vive momentos difíceis. “Nunca o artigo 133 da Constituição Federal, que diz que o advogado é indispensável à administração da justiça e inviolável em suas manifestações, foi tão esquecido. Não queremos uma advocacia de joelhos, perante os demais integrantes do tripé judiciário, porque isso é contra o sistema republicano e democrático. Queremos todos os agentes trabalhando com respeito, em busca do mesmo objetivo, a pacificação social e o cumprimento da Constituição", defendeu.
Cássio Telles, por sua vez, entende que o fato de a Caravana começar pelo Paraná tem enorme simbolismo. “Vivemos um momento em que se tenta reduzir a atuação dos advogados com restrições variadas ao exercício profissional, como gravações de conversas entre advogados e clientes, retenção de anotações, busca indiscriminada nos escritórios e a desvalorização generalizada da profissão. O enfraquecimento da advocacia significa a vulnerabilidade da cidadania”, ressaltou.
No início da tarde desta quarta-feira (10), o grupo visitará a Penitenciária Federal de Catanduvas e em seguida, às 17h, debaterá sobre as prerrogativas na subseção de Cascavel. Amanhã, no dia do advogado, a Caravana estará na sede da OAB Paraná, em Curitiba, a partir das 9h.
Com informações da OAB Paraná e da Subseção da OAB Maringá