OAB do Pará registra 80,37% de reprovação no Exame de Ordem
Belém (PA), 17/05/2006 – O primeiro Exame de Ordem no ano da Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Pará reprovou 80,37% dos candidatos. Em Belém, que teve o maior número de inscritos – 490 bacharéis –, um total de 366 candidatos não alcançou a pontuação mínima para aprovação. O índice de falta foi baixo, apenas 3,95% dos 684 inscritos. O exame foi realizado no dia 5 deste mês nos municípios de Santarém, Marabá e na capital paraense.
Somando os campi de Belém, Marabá e Santarém, a Universidade Federal do Pará (Ufpa) foi a instituição de ensino que mais aprovou no Exame de Ordem, apesar de apresentar um número ainda baixo. Dos 145 bacharéis que fizeram a prova prático-profissional, 47 foram aprovados (32,41% de aprovação).
Já a Universidade da Amazônia (Unama), teve o maior número de inscritos: um total de 275. Desses, somente 56 chegaram à aprovação, ou seja, 20,36% de êxito. O Centro de Ensino Superior (Cesupa) registrou a aprovação de 11,11% de seus 63 candidatos inscritos. A FIT, de Santarém, teve o menor índice de aprovação: apenas 9,84% entre os 61 inscritos. Dos bacharéis de outras faculdades – que totalizaram 58 inscritos –, 87,93% não foram aprovados.
Direito Penal foi a principal opção dos candidatos (317 ao todo), na qual apenas 25,55% conseguiram a aprovação. Direito Administrativo foi a segunda alternativa mais procurada pelos inscritos (157) e teve um índice ainda menor de aprovação: apenas 10,17%.
Os próximos dois Exames de Ordem deste ano, conforme determinado no último Colégio de Presidentes da OAB, realizado em abril em Belo Horizonte (MG), estão marcados para os dias 20 de agosto e 03 de dezembro. As datas se referem às primeiras etapas, que são provas de questões objetivas, pois os dias de realização das provas prático-profissionais serão definidas a critério das Seccionais.
Para o presidente da OAB-PA, Ophir Cavalcante Junior, o baixo índice de aprovação continua sinalizando que há necessidade de maior compromisso das faculdades e dos alunos com o ensino, “sendo que a OAB continuará exercendo seu papel de fiscalização e de proteção da sociedade, pois os advogados lidam com dois bens vitais na vida dos advogados, a liberdade e o patrimônio".