O compromisso com a defesa das prerrogativas da advocacia pautou a participação do presidente do Conselho Federal da OAB, Beto Simonetti, na posse festiva da nova diretoria da OAB-DF, realizada nessa segunda-feira (3/2). Junto ao novo presidente da seccional, Paulo Maurício Braz Siqueira (Poli), Simonetti destacou, principalmente, a importância da atuação conjunta da classe para a suspensão do prazo de implementação da Resolução 591/2024 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que limita a realização de sustentações orais síncronas.

"Essa regulamentação é um retrocesso. A sustentação oral é a linha que separa um julgamento justo de um julgamento arbitrário. Silenciar a advocacia na tribuna impede que a defesa se manifeste de forma plena e combata injustiças. O tribunal que não ouve a advocacia se afasta da verdade, da transparência e da própria legitimidade", afirmou Simonetti.

O presidente nacional da Ordem, reeleito na última sexta-feira (31/1), disse que sua gestão seguirá vigilante para garantir o pleno direito de defesa e a livre manifestação dos advogados e advogadas no exercício profissional. Além disso, reafirmou o compromisso com a valorização dos honorários e a ampliação das iniciativas da OAB, como o Plano Nacional de Interiorização da Advocacia.

Simonetti também ressaltou a trajetória e a competência do diretor-tesoureiro do CFOAB, Délio Lins e Silva Júnior, que terminou seu mandato à frente da seccional no final do ano passado. "Para mim, será uma satisfação compartilhar a próxima gestão do Conselho Federal ao lado do ex-presidente Délio Lins e Silva. Aproveito a oportunidade para agradecer à advocacia do Distrito Federal por emprestar sua grande liderança ao Conselho Federal. Estou certo de que Délio trará para a diretoria nacional da Ordem a pujança, a coragem e a criatividade que caracterizam esta Seccional", afirmou.

Nova liderança

Paulo Maurício Braz Siqueira, conhecido como Poli, assumiu a seccional ao lado da nova diretoria para o triênio 2025-2027. Em seu discurso, ele destacou que, muito mais do que um reconhecimento pessoal, esta posse é a demonstração de que a Ordem dos Advogados do Brasil é a maior entidade da sociedade civil do país. 

“Representamos uma imensa massa de profissionais que lutam diariamente para garantir a justiça em nossa federação. A valorização da advocacia não é um discurso, é uma obrigação. E minha gestão será pautada nisso. Como já disse, serei o maior servidor da Ordem dos Advogados”, concluiu.

Durante a solenidade, também foram empossados a vice-presidente, Roberta Batista de Queiroz; o secretário-geral, Rafael Teixeira Martins; o secretário-geral adjunto, Pedro Ivo Rodrigues Velloso Cordeiro; e a diretora-tesoureira, Raquel Bezerra Cândido. Assumiram seus cargos, ainda, os conselheiros federais eleitos pelo Distrito Federal: Délio Lins e Silva Júnior, José Cardoso Dutra Junior e Renata do Amaral Gonçalves. 

O evento contou com a presença do vice-presidente do CFOAB, Felipe Sarmento; do procurador nacional de Defesa das Prerrogativas, Alex Sarkis; dos membros honorários vitalícios do CFOAB Cézar Britto e Marcus Vinicius Furtado Coêlho; da secretária-geral do CFOAB, Rose Morais; da conselheira federal e ex-ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Maria Cláudia Bucchianeri; e dos conselheiros federais Rafael Horn, José Cardoso Dutra, Renata do Amaral, Nicole Carvalho, Francisco Caputo e Ana Carolina Magalhães. 

Participaram da solenidade o presidente da OAB-AL, Vagner Paes, o presidente da OAB-AP, Israel Gonçalves, presidente da OAB-GO, Rafael Lara; presidente da OAB-RO, Márcio Melo; presidente da OAB-RR, Ednaldo Vidal, presidente da OAB-SE, Daniel Alves, vice-presidente da OAB-SP, Daniela Marchi, além de representantes da Caixa de Assistência dos Advogados.

Também compuseram a mesa de honra o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha; o corregedor nacional de Justiça, Mauro Campbell; o procurador-geral da Justiça do Distrito Federal e Territórios, Georges Seigneur; a ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Daniela Teixeira; os ministros do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Douglas Alencar Rodrigues, Kátia Arruda e Alexandre Belmonte; o cardeal arcebispo de Brasília, Paulo Cezar Costa; e o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, entre outras autoridades.