Aracaju, 30/10/2007 - “Polícia para quem precisa de polícia, estudante precisa de escola e de educação para, através do conhecimento, conquistar a ascensão social”. A reação é do presidente do Conselho Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil em Sergipe (OAB-SE), Henri Clay Andrade, numa referência à violenta ação praticada por policiais militares contra estudantes e jornalistas na porta do Colégio D. Luciano durante manifestação da classe estudantil, que denuncia precariedade e sucateamento do ensino naquele colégio.

De acordo com denúncias dos estudantes, no momento da manifestação, os policiais chegaram em várias viaturas, portando pesadas armas e munidos com bombas de gás lacrimogêneo, ação que culminou com a prisão de um dos estudantes envolvidos na manifestação. A postura dos policiais ganhou o repúdio da OAB-SE. Para o presidente da OAB-SE, trata-se de um ato truculento e reacionário da Polícia Militar. “É uma afronta à democracia, na medida em que os policiais tentam calar com repressão a liberdade de expressão dos estudantes e da imprensa que fazia a cobertura jornalística”, opina o presidente da Ordem.

A OAB-SE se fez presente à manifestação para respaldar o movimento dos estudantes por classificá-lo legítimo e justo. E a ação dos policiais acabou recebendo o repúdio da OAB-SE. “A ação violenta da polícia contra a manifestação dos estudantes no Colégio D. Luciano reavivou a memória da triste lembrança da ditadura militar”, considerou Henri Clay Andrade.