Ophir: afastamento de juiz do caso Cachoeira precisa ser investigado
Brasília – O presidente nacional da OAB, Ophir Cavalcante, declarou nesta quarta-feira (20) que independentemente das declarações do juiz federal Paulo Augusto Moreira Lima, de deixar o caso Cachoeira em Goiás por sentir-se “extenuado”, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) deve promover uma profunda investigação sobre as supostas pressões e ameaças à integridade do magistrado. “A independência do juiz em tais circunstâncias é uma condição vital para que se faça justiça, não se podendo admitir, em nenhuma hipótese, qualquer tipo de interferência, inclusive psicológica”, disse Ophir. “É preciso ir mais fundo para saber o que realmente motivou o seu afastamento. No mínimo, que sirva de alerta.”
No início da semana, a imprensa divulgou ofício do magistrado ao corregedor-geral do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), desembargador Carlos Olavo,no qual ele afirma não ter condições de permanecer no caso por sofrer ameaças: “Vivo situação de extrema exposição junto à criminalidade do estado de Goiás”. O juiz foi o responsável pelo processo da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal.