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Prioridades da OAB: reforma política e inclusão digital dos advogados

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013 às 19h56

Teresina (PI) – O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinicius Furtado, informou nesta segunda-feira (25), durante coletiva de imprensa em Teresina (PI), que as prioridades de sua gestão à frente do Conselho Federal da OAB são a inclusão digital dos advogados e a luta pela reforma política no País. “Nossa meta interna é cuidar da valorização do advogado e nela está a inclusão digital. No plano externo, uma causa social que é nossa obrigação é a reforma política”, explicou Marcus Vinicius aos jornalistas piauienses.

Sobre o trabalho do Conselho Federal de acompanhamento da implementação do Processo Judicial Eletrônico (PJe), o presidente da OAB informou que a entidade irá instalar no Piauí e nas principais Seccionais do Brasil o Núcleo de Inclusão Digital, para capacitar e dotar os advogados de estrutura informatizada, preparando-os para o peticionamento on line. “O processo sem papel já é uma realidade em todo o País”, afirmou Marcus Vinicius, que também lembrou da atuação da OAB junto ao Judiciário para evitar que a implantação do PJe seja feita de forma açodada. “Queremos garantir uma implantação com mais critério e com base em um cronograma que melhor inclua o advogado”, frisou o presidente nacional da OAB.

Outra prioridade do Conselho Federal apontada por Marcus Vinicius na coletiva foi a busca pela reforma política. “É chegada a hora de não combatermos apenas as consequências dos problemas políticos, mas principalmente as causas.” A proibição do financiamento de campanhas por empresas, de acordo com o presidente da OAB, é a principal medida defendida pela entidade, para evitar o abuso do poder econômico na política brasileira. “As empresas devem ficar distantes das campanhas eleitorais, para que o político seja alguém que efetivamente preste contas à sociedade que o elegeu e não aos financiadores de campanhas”, destacou.

Ainda na coletiva, Marcus Vinicius falou sobre a nova política regulatória do ensino jurídico que será formulada pela OAB e pelo Ministério da Educação, a partir da assinatura de acordo de cooperação entre as duas instituições. “O cidadão não pode ser punido com profissionais de baixo nível. Por isso, precisamos desse olhar crítico, incentivando a existência de boas faculdades e adotando medidas duras para evitar a multiplicação em série e a manutenção de cursos de má qualidade”, concluiu o presidente da OAB. O acordo será assinado no dia 11 de março, durante a sessão do Conselho Federal, em Brasília.

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