OAB aprova moção de repúdio pela violência policial contra professores
Brasília - O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) encaminha nesta quarta-feira (02) ao Governo do Estado do Rio de Janeiro moção de repúdio pela violência praticada nos últimos dias pela Polícia Militar contra os professores do estado que estão em greve em razão dos baixos salários pagos à categoria.
O presidente nacional da OAB, Marcus Vinícius Furtado Coêlho, destacou que a polícia precisa ter consciência que não se lida com manifestações públicas com postura violenta. “Um país democrático deve estimular e respeitar as manifestações pacíficas”.
A proposta da moção foi apresentada pelo presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da entidade, Wadih Damous e aprovada de forma unânime pelos demais conselheiros federais, que estiveram reunidos em Brasília em sessão na terça-feira (01).
Ao justificar a proposta de nota de repúdio, Wadih Damous afirmou que a violência policial no Rio de Janeiro ultrapassou todos os limites: “o uso da força está sendo praticado de forma desmedida e desproporcional e os nossos professores, que já são tão sofridos, não merecem apanhar em praça pública só porque reivindicam melhores condições de trabalho”.
Damous lembrou que até os advogados, no exercício profissional, tem apanhado dos policiais, atingindo as prerrogativas profissionais da categoria. “O diálogo ainda é a melhor solução. Os policiais não são jagunços. O papel da polícia é proteger a sociedade”, concluiu o presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da OAB.