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Zero Hora apoia campanha da OAB por eleições limpas na internet

segunda-feira, 2 de junho de 2014 às 16h08

Brasília – A edição de sábado (31) do jornal Zero Hora, de Porto Alegre (RS), publicou editorial saudando a campanha da OAB Nacional, que busca o compromisso de partidos e candidatos, por eleições propositivas e sem ataques na internet. Confira:


Guerra digital


Eleições éticas dependem de mobilizações como as responsáveis pelo Ficha Limpa e as que cobram mudanças no financiamento de campanha e menos jogo sujo na internet.


Legalmente, o uso da internet para propaganda política estaria liberado apenas no dia 6 de julho, depois de encerrado o prazo de pedido de registro de candidatos à Justiça Eleitoral. Há alguns meses, porém, multiplicam-se casos de propaganda virtual, valendo-se sobretudo de redes sociais, que ampliaram consideravelmente o número de usuários desde a última eleição presidencial. Os problemas, porém, não estão na publicidade explícita, e sim nos casos dúbios e, principalmente, nos relacionados a um lado perverso dos internautas: o de valer-se do anonimato para disseminar informações claramente forjadas com o objetivo de favorecer ou prejudicar um determinado candidato.


Diante dos orçamentos cada vez mais elevados das campanhas eleitorais no Brasil, uma das muitas vantagens oferecidas pela internet é a de contribuir para a redução dos gastos. Além disso, permite contato instantâneo com os eleitores, fazendo com que praticamente todos os candidatos em busca de votos se disponham a explorá-la ao máximo neste ano. A questão, num território livre como a rede, é que se pode no máximo evitar os excessos cometidos tanto pelos próprios candidatos quanto por suas assessorias e mesmo simpatizantes.


Eleições éticas dependem de mobilizações como as responsáveis pelo Ficha Limpa e as que cobram mudanças no financiamento de campanha e menos jogo sujo na internet. Por isso, iniciativas bem-vindas como o pacto pretendido pela OAB precisam apelar acima de tudo ao bom senso dos usuários das redes, para que não se deixem enganar, nem contribuam com a difusão de calúnias e injúrias.

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