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Presença feminina na política é tema de painel promovido pela OAB

terça-feira, 29 de novembro de 2016 às 11h17

Belo Horizonte (MG) – A conselheira federal Luciana Nepomuceno (MG), mestre em Direito, foi a palestrante do painel que debateu a participação feminina na política, nesta segunda-feira (28), durante a II Conferência Nacional da Mulher Advogada. O evento prossegue até amanhã na capital mineira.

“Hoje no mundo 3,3 bilhões de mulheres dependem de homens. Muitas vezes, trabalham o mesmo ou mais tempo que esses homens, mas recebem menos dinheiro. A luta pela presença das mulheres nos espaços de poder deve considerar os entraves e o preconceito que a própria sociedade prega e exerce. Se uma mulher se dispõe a enfrentar a política, todo erro e todo o drama que ocorrer em sua casa será colocado na conta de sua ausência”, iniciou.

Luciana apresentou as discrepâncias numéricas entre o quantitativo de vereadores e vereadoras eleitos, de prefeitos e prefeitas, governadores e governadoras, deputados e deputadas estaduais e federais, e outros cargos eletivos entre as eleições de 2012 e de 2016. “Somente nas cidades de São Paulo, Florianópolis e aqui em Belo Horizonte, dentre as 27 capitais no Brasil, o número de vereadoras aumentou em relação a 2012. Nas demais, sequer se manteve: caiu em todas”, contabilizou.

Ela lembrou, ainda, que em 2016 o estado de Minas Gerais passou a ocupar o ranking nacional de mulheres que disputaram as últimas eleições e não tiveram nenhum voto. “Senhoras, são 2.178 mulheres na função de laranja aqui no estado, sendo que o total de homens em todo o Brasil nesta mesma condição foi de 1.714. Por que faltam lideranças femininas? Porque, além de se submeter a uma barbaridade como essa, as líderes são barradas para não ocuparem os lugares dos caciques. Os próprios partidos recrutam mulheres que não irão se eleger”, denunciou.

O painel foi encerrado com um vídeo sobre mulheres que fizeram história na política.

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