Manaus (AM) - A Ordem dos Advogados do
Brasil Seccional Amazonas acompanhou o andamento das investigações sobre a
rebelião ocorrida no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), que teve
início na tarde deste domingo (1). Cerca de 60 detentos foram mortos no que já
pode ser considerado um dos maiores massacres do sistema penitenciário do País.
De acordo com informações da
Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), a rebelião, que se
estendeu até cerca de 8h30 desta segunda-feira (2), teria começado a partir de
uma guerra interna entre duas facções, Família do Norte (FDN) e Primeiro Comando
da Capital (PCC), o que resultou em dezenas de mortes na unidade prisional.
De acordo com o presidente
da OAB/AM, Marco Aurélio Choy, a Seccional foi chamada pelos órgãos de
segurança pública do Estado para participar das negociações e acompanhou o caso
desde as primeiras horas da noite de domingo por meio da Comissão de Direitos
Humanos da seccional.
“A OAB/AM se fez presente
por meio do Dr. Epitácio Almeida, que esteve no Compaj durante as últimas 15
horas e atuou na revista e contagem dos presos. Esse é um momento triste para o
Estado, em que podemos ter uma das maiores rebeliões já registradas”, disse.
O presidente da Comissão de
Direitos Humanos, Epitácio Almeida, também acompanhou, ao lado do juíz Luis
Carlos Valois, as negociações dentro do Compaj. De acordo com o advogado, 9
agentes penitenciários e um técnico de enfermagem foram mantidos reféns durante
a rebelião.
Segundo Epitácio, a situação
na unidade prisional no momento está estabilizada e os presos já foram
encaminhados de volta às celas. Ele ressaltou o papel da Ordem em situações
extremas como a enfrentada nas últimas horas. “É importante ressaltar que a
função da OAB é estabelecer a ordem pública e a paz social, estaremos presentes
sempre que for necessário”, disse.