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OAB Nacional e OAB-AM desagravam advogada agredida por policial no exercício da profissão

quinta-feira, 29 de julho de 2021 às 12h25

A OAB-AM, com o apoio de centenas de advogados do estado e a presença de representante da OAB Nacional, realizou, nesta quarta-feira (28), um desagravo público à advogada Patrícia Pereira da Silva, agredida no exercício da profissão como forma de impedi-la de atuar na 6ª Companhia Interativa Comunitária (CICOM).

A procuradora nacional adjunta de Defesa das Prerrogativas do Conselho Federal da OAB, Adriane Magalhães, representou a OAB Nacional no ato. “Estamos juntos nessa luta. O que aconteceu foi um crime absurdo, com uma advogada sendo colocada pra fora de uma repartição policial aos gritos, empurrões, pontapés e tapas. Quando se atinge um advogado, todos são atingidos. Não vamos permitir que isso aconteça novamente. Todas as vezes que uma violação de prerrogativa ocorrer, nós nos faremos presentes, porque prerrogativa não é favor, mas lei”, disse Adriane.

Para a presidente da OAB-AM, Grace Benayon, o repúdio expresso à atuação policial mostra a força da Ordem. “Quando um advogado é atacado, toda a sociedade é vítima. Pior ainda é quando o agressor é quem tem o dever legal de nos proteger. Por isso não foi um caso isolado de abuso de autoridade, e sim uma covardia. A OAB não vai se calar, é bom que isso fique claro e entendido”, falou a presidente, para, em seguida, ler o termo do desagravo.

O procurador-geral do município de Manaus e membro honorário vitalício da OAB-AM, Marco Aurélio Choy, lembrou que episódios ruins podem trazer consequências positivas. “O que aconteceu com Patrícia foi o marco para não acontecer mais com nenhum advogado e nenhuma advogada no estado do Amazonas. Que todas as autoridades públicas saibam que elas servem ao público, que prestam contas, que a advocacia está vigilante. Isso uniu ainda mais a nossa classe, que compreende que sua prerrogativa é a do cidadão”, apontou Choy.

Antes do desagravo, ainda no dia 27, membros da seccional reuniram-se com a cúpula da Segurança Pública do Estado do Amazonas para tratativas acerca das agressões. O secretário de Segurança Pública, coronel Louismar Bonates, se comprometeu a apurar os fatos com rigor, e afastou o policial de suas atividades.


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