Neste sábado, 27 de agosto, é celebrado o “Dia Nacional de Luto da Advocacia Brasileira”, uma data dedicada à memória de Lyda Monteiro, secretária do então presidente da OAB, Eduardo Seabra Fagundes, morta em um atentado a bomba contra a sede do Conselho Federal em 27 de agosto de 1980. 

Na época, a Ordem figurava na proa da resistência democrática, liderando a sociedade civil pelo fim do regime militar. Carta-bomba endereçada ao então presidente Eduardo Seabra Fagundes fez uma vítima fatal: Lyda Monteiro da Silva, secretária da presidência. Relatório da Comissão Estadual da Verdade do Rio de Janeiro, concluído em 2015, identificou três agentes do DOI/CIE responsáveis pelo atentado que vitimou Lydia.

Segundo testemunhas ouvidas pela Comissão, a ação foi comandada pelo coronel Freddie Perdigão Pereira. A bomba foi confeccionada pelo sargento “Wagner” (Guilherme Pereira do Rosário, morto no atentado do Riocentro) e teria sido entregue pelo sargento “Guarani” (Magno Cantarino Motta), agente do DOI. Nenhum dos três foi responsabilizado.

Quarenta e dois anos depois do atentado, a OAB reafirma seu papel como entidade defensora da democracia, da cidadania e do Estado Democrático de Direito. O "Dia Nacional de Luto da Advocacia Brasileira" foi aprovado pelo Conselho Pleno da OAB na reunião extraordinária virtual de agosto de 2020, a partir de uma proposta apresentada pelo então presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos, Hélio Leitão.